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O fenômeno chamou a atenção de um grupo de pesquisadores de cinema da Universidade Anhembi Morumbi, que se dedica a procurar e catalogar produções do gênero em todo o território nacional.
Depois de reunirem um acervo de 30 filmes e publicarem dois livros sobre o tema, o grupo de estudiosos preparou a primeira mostra do gênero voltada ao grande público. Até domingo, no Itaú Cultural em São Paulo, é possível conferir uma seleção de 17 filmes inéditos intitulada "Cinema de bordas".
- Trata-se de uma produção muito rica, mas pouco estudada. Procuramos filmes em todo o Brasil, como se fossem tesouros. São feitos com baixíssimo orçamento, por pessoas que nem sempre têm formação escolar. São pedreiros, carpinteiros, auxiliares de enfermagem, camelôs... - explica a pesquisadora Bernadette Lyra.
O lavrador Francisco Caldas de Abreu Jr., de 43 anos, é um destes realizadores. Depois de fazer um curso de teatro em sua cidade, Pedralva, no interior de Minas Gerais, decidiu se aventurar no cinema e criou "A dama da lagoa" em 1997.
- É uma história de amor que ultrapassa os limites humanos - resume Francisco, que pediu uma filmadora emprestada para o cunhado e colocou amigos para trabalhar na frente e por trás da câmera, desembolsando R$ 360 para concluir a obra.
Dez anos depois, Francisco cria seu segundo filme, "O farol", com um orçamento de R$ 1.000. O cineasta agora aluga ou vende DVDs de suas obras por R$ 3 e R$ 15, respectivamente.
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